A entrada do governo dos EUA como acionista da Intel levanta preocupações sobre intervenção estatal em empresas privadas, gerando dúvidas entre investidores. A Intel afirma que a participação será passiva, sem direito a voto no conselho, mas há incertezas sobre a governança futura. A compra de 10% da empresa busca reduzir a dependência externa, porém pode distorcer o livre mercado ao favorecer empresas com apoio político. Essa ação pode guiar investimentos por critérios estatais, criando desequilíbrios comerciais e ampliando a fragmentação global. Segundo a New America, isso está alinhado ao avanço do techno-nacionalismo, no qual governos investem em setores estratégicos por segurança nacional.
A decisão não é apenas econômica, mas também política, refletindo tensões crescentes com a China. O setor de semicondutores é estratégico, sendo considerado o “petróleo do século XXI”, e está no centro da disputa tecnológica entre EUA e China. Como a China representa cerca de 29% da receita da Intel, a intervenção pode impactar diretamente as relações bilaterais. A tentativa de Trump de demitir o atual CEO da Intel por suas ligações com a China aprofunda essa crise. A medida pode ser vista como uma tentativa de limitar a influência chinesa no setor de tecnologia. A ação reforça a politização do setor de tecnologia global, com impactos geoeconômicos importantes.
Referências:
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